11.29.2009

Lição de Português

TIVIDADE PARA SER DESENVOLVIDA EM SALA DE AULA

ENCAMINHADA EM 27.11.09 PARA: 30.11.09

Nome_____________________________nº ______ IV INICIAL _____

Objetivo: Interpretação de textos literários e não literários.

Disciplina: Língua Portuguesa Profª. Silvia Nicolai

FAÇA UMA CARIDADE - ADOTE UM COLEGA QUE NÃO TEM IMPRESSORA

Língua Portuguesa


Instruções: Para responder às questões de números 1 a 6, leia o texto abaixo.

      Aí pelas Três da Tarde

Raduan Nassar


Nesta sala atulhada de mesas, máquinas e papéis, onde invejáveis escreventes dividiram entre si o bom senso do mundo, aplicando-se em idéias claras apesar do ruído e do mormaço, seguros ao se pronunciarem sobre problemas que afligem o homem moderno (espécie da qual você milenarmente cansado, talvez se sinta um tanto excluído), largue tudo e de repente sob os olhares a sua volta, componha uma cara de louco quieto e perigoso, faça os gestos mais calmos quanto os tais escribas mais severos, dê um largo “ciao” ao trabalho do dia, assim como quem se despede da vida, e surpreenda pouco mais tarde, com sua presença em hora tão insólita, os que estiverem em casa ocupados na limpeza dos armários, que você não sabia antes como era conduzida. Convém não responder aos olhares interrogativos, deixando crescer, por instantes, a intensa expectativa que se instala. Mas não exagere na medida e suba sem demora ao quarto, libertando aí os pés da meias e dos sapatos, tirando a roupa do corpo como se retirasse a importância das coisas, pondo-se enfim em vestes mínimas, quem sabe até em pêlo, mas sem ferir o decoro (o seu decoro, e está claro), e aceitando ao mesmo tempo, como boa verdade provisória, toda mudança de comportamento. Feito um banhista incerto, assome em seguida no trampolim do patamar e avance dois passos como se fosse beirar um salto, silenciando de vez, embaixo, o surto abafado dos comentários. Nada de grandes lances. Desça, sem pressa, degrau por degrau, sendo tolerante com o espanto (coitados!) dos pobres familiares, que cobrem a boca com a mão enquanto se comprimem ao pé da escada. Passe por eles calado, circule pela casa toda como se andasse numa praia deserta ( mas sempre com a mesma cara de louco ainda não precipitado) e se achegue depois, com cuidado e ternura, junto à rede languidamente envergada entre plantas lá no terraço. Largue-se nela como quem se larga na vida, e vá ao fundo nesse mergulho: cerre as abas da rede sobre os olhos e, com um impulso do pé (já não importa em que apoio), goze a fantasia de se sentir embalado pelo mundo. (Texto extraído do livro Menina a caminho, Companhia das Letras. São Paulo, 1997. p.71)


  1. O autor, em seu texto, defende a idéia de que:
    1. A vida é muito boa, mas as pessoas trabalham muito.
    1. As pessoas fazem fofoca e isso atrapalha a vida.
    2. O leitor, em alguns momentos, deve deixar o trabalho e curtir a vida.
    3. As pessoas devem passear pela cidade, em alguns momentos.

  1. Para convencer o leitor o narrador:

    1. Ensina os procedimentos de um trabalho de rotina.
    2. Mostra como manipular uma ferramenta de trabalho.
    3. Diz como deve comportar-se em uma reunião.
    4. Da uma receita de como se libertar da rotina de trabalho.

3- Este texto recorre, de forma bastante significativa, a advérbios de lugar (destacados no texto) que concretizam:

    1. As ordens do narrador.
    2. O sonho do narrador.
    3. A indignação do narrador.
    4. Os desejos de outras pessoas.

4- A linguagem do texto é irônica, pois dá aos leitores uma instrução:

    1. Muito rigorosa, mas sem sentido.
    2. Leviana, em tom coloquial.
    3. Incomum, mas que pode ser levada a sério.
    4. Perigosa, a ser evitada.

5- A expressão “sem ferir o decoro”, no texto, significa:


  1. Sem abalar as regras morais.
  2. Sem decorar os fatos.
  3. Sem ferir os outros.
  4. Sem magoar os outros.

6- Neste texto o autor utiliza os parênteses para:


  1. Explicar uma palavra desconhecida.
  2. Explicitar a reflexão/comentário do narrador.
  3. Desviar a atenção do leitor;
  4. Contar uma outro história que foge da narrativa principal.

Instruções: Para responder às questões de números 7 a 11, leia o texto abaixo.

Poema Esquisito


Dói-me a cabeça aos trinta e nove anos.

Não é o hábito. É rarissimamente que ela dói.

Ninguém tem culpa.

Meu pai, minha mãe descansaram seus fardos,

Não existe mais o modo

de eles terem seus olhos sobre mim.

Mãe, ó mãe, ó pai, meu pai. Onde estão escondidos?

É dentro de mim que eles estão.

Não fiz mausoléu pra eles, pus os dois no chão.

Nasceu lá, porque quis, um pé de saudade roxa,

Que abunda nos cemitérios.

Quem plantou foi o vento, a água da chuva.

Quem vai matar é o sol.

Passou finados não fui lá, aniversário também não.

Pra quê, se pra chorar qualquer lugar me cabe?

É de tanto lembrá-los que eu não vou.

Óóóó pai

Óóóó mãe

Dentro de mim eles respondem

tenazes e duros,

porque o zelo do espírito é sem meiguices:

Óóóó fia.

(Adélia Prado. Poesia Reunida. São Paulo, Ed. Siciliano, 1991)


7- Lendo atentamente o poema, verifica-se que esse trata de:


    1. Dor de cabeça
    2. Cemitério
    3. Saudade
    4. Dia de finados.

8- No verso “nasceu lá, porque quis, um pé de saudade roxa”, ao utilizar-se das palavras destaque, o “eu-lírico” reforça seu sentimento de


a) saudade

b) desprezo

c) alegria

d) ódio


9- Nos versos: óóóó pai e óóóó mãe, a repetição da vogal “o” indica:


    1. Solenidade na escrita.
    2. Pleonasmo.
    3. Metáfora.
    4. Oralidade na escrita.

10- A palavra “cabeça”, escrita no primeiro verso, foi retomada no verso seguinte através da palavra:

  1. Hábito.
  2. Raríssimamente.
  3. Ela.
  4. Dói.

11- O “eu-lírico” não vai ao cemitério visitar os pais porque:


  1. Não sente saudades.
  2. Não é dia de finados.
  3. Não gosta de cemitérios.
  4. Lembra-se deles em qualquer lugar.

Atenção: As questões de números 12 a 14 baseiam-se no texto e na ilustração apresentados abaixo.

Tapir (anta) mamífero perissodáctilo de pelagem marrom ou preta e branca, pertencente a uma família de quatro espécies, encontradas na América do Sul e Central, e na Malásia. Seu focinho e lábio superior são alongados, formando uma tromba curta e flexível, que é usada para apanhar ramos, folhas e galhos, e levá-los à boca. São considerados fósseis vivos, uma vez que mudaram muito pouco durante sua evolução. Três espécies da família (Tapiridae) vivem no Novo Mundo. Uma delas é encontrada em florestas de altitude, a 3.000m ou mais (Tapirus pinchaque). O tapir brasileiro ou sul-americano, Tapirus terrestris, é o maior mamífero da América do Sul, medindo até 2m de comprimento e chegando a pesar 180 kg. Tem uma crina curta e dura, e habita as regiões pantanosas de florestas. O tapir da América Central, Tapirus bairdi, é encontrado desde o nível do mar até 1.800m de altitude. O tapir malaio, Tapirus indicus, é a única espécie encontrada no Velho Mundo, com costas flancos brancos contrastando com o preto do resto do corpo. Vive nas baixadas, especialmente em florestas pantanosas. Animal tímido e solitário, vagueia à noite por trilhas conhecidas na mata, alimentando-se de gramíneas e frutas. Após um período de gestação de 13 meses a fêmea dá à luz em geral um único filhote, com É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. É possível que seu navegador não suporte a exibição desta imagem. manchas brancas e listras nos lados do corpo.


12- O assunto do texto se apresenta como:

    1. Discussão em torno da evolução e da necessária proteção de uma espécie animal tipicamente brasileira.
    2. Levantamento da quantidade de animais existentes em determinada espécie, a partir do número de filhotes.
    3. Informações sobre uma espécie animal e o meio em que ele vive, além de referencia a alguns de seus hábitos.
    4. Resultados obtidos em uma pesquisa atual, sobre algumas espécies animais do planeta.

13- O texto que acompanha a imagem anexa

  1. Aparece parte do texto principal, apresentando um dado sem importância relevante para o assunto.
  2. Complementa os dados que se encontram no texto principal, fornecendo informações específicas sobre a espécie do animal.
  3. Trata de um assunto diferente daquele que consta do corpo do texto principal, não apresentando ligações com ele.
  4. Repete as mesmas informações constantes do texto principal, sem acrescentar nenhuma novidade ao assunto tratado.

  1. Percebe-se claramente dos textos apresentados que:

  1. As manchas brancas e as listras servem de proteção aos filhotes, por parecerem sombras da floresta.
  2. Cada filhote apresenta um tipo de pelagem diferente, para que possa ser facilmente reconhecido por outros animais.
  3. Cada fêmea tem um só filhote em toda sua vida, pois se trata de uma espécie de animais que vivem bastante solitários.
  4. Os filhotes, para que seu desenvolvimento seja mais rápido, vivem isolados dos outros animais, à sombra das florestas.

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